O céu está roxo, as ruas são de algodão, ou de textura semelhante, as motocicletas possuem asas e você é quem está lá, a guiá-las. Sim, pode parecer estranho, mas é como sua concepção sobre as coisas e o mundo pode atuar na sua mente quando você dorme e seu cérebro encontra-se diante de um conjunto de ideias sugeridas pelo sono: O sonho.
A ciência, em função do seu papel técnico e científico, costuma nos apresentar “dados” que nos remete à realidade de que o sonho é tão bom quanto fundamental. Isso é encontrado em reportagens de qualquer revista de circulação nacional, não necessariamente as científicas – que exigem mais do nosso bolso e da nossa interpretação. O pesquisador Sérgio Tufik, diretor do Instituto do Sono da Universidade de São Paulo (UNIFESP), vai ainda mais além. Segundo ele, “sem o sonho morreríamos”. As teoria e afirmações sobre o assunto já duram muito tempo e já teve a participação de pessoas como, Freud – autor da frase que dá título ao texto – na psicanálise e Nietzsche na relação de imaginação e realidade diante da mente humana. Curioso, não?
Os sonhos também são constituídos de fantasias, ilusões e utopias – segundo o dicionário -, pois neles alcançamos o inatingível, vivemos ou na perfeição ou no inferno – talvez seja o único momento em que essa antítese é sadia. O sonho nos proporciona sensações ora de prazer intenso ora medo ou tristeza afinal, “sonhar é acordar-se para dentro”. Concordemos com Mário Quintana.
Pesquisadores afirmam que essa atividade estimula a criatividade ou, segundo a psicologia, serve de alerta para a consciência. O sonho não só “libera” a imaginação, como auxilia na diferenciação entre o real e o abstrato. Ele não ocorre apenas quando dormimos, mas também quando estamos acordados, diante de uma idealização inatingível ou um prazer que não esteja sendo realizado – não momentâneo. Funcionando como uma mescla entre desejo e objetivo, pois ajuda a partir desse a criar metas a serem alcançadas, que por vez caminham junto à nossa ambição, independente de elas serem possíveis ou não.
Em tese, é imaterial, fruto da nossa imaginação, seja consciente ou inconscientemente, o impossível é evitá-lo. Sonhar é tão vital quanto pensar e/ou raciocinar, ambas, querendo ou não, vão atuar sempre. O ser humano é assim, não tão complexo quanto na prática (aparente), pois segundo a teoria, é tudo muito claro, é tudo muito fácil, a filosofia de “boteco” é que destorce as coisas.