Arquivo mensal: fevereiro 2009

E a bomba foi entregue ao queniano

  Não via imagens americanas, ao mesmo tempo em todas as emissoras de televisão, desde os 11 de Setembro. Mas foi bonito de se ver… Um esquema muito forte de segurança foi montado para a “festa” da posse. Por sinal, “força” é o que o novo presidente mais precisará. Negros, brancos, amarelos e uma temperatura abaixo de zero – distante do calor que habitava o coração dos espectadores, ali presentes. Uns sorrindo, outros chorando, a emoção sem dúvida era mútua. Espera-se de um único homem, um começo… Um começo de muitos fins; O fim de uma prisão desumana que tem tortura como método de investigação. O fim de intervenções indevidas, uma busca por armas que não existem, atrás de uma mal que não existe, com um ideal de defesa contra um perigo que não existe, matando e dizimando, pessoas e populações reais. O fim de uma guerra injustificável. O fim da decadência econômica da, até então, potência das potências… O fim do rio de lágrimas, do desespero, do desemprego, da falência, de um financiamento inescrupuloso ao exército de Israel. Muitos os fins. Há quem diga que é impossível e os que apostam em dizer que é uma questão de tempo, mas o fato é que todos têm a esperança de que isso ainda se concretize. O mercado imobiliário dos Estados Unidos quer abrir novamente as suas portas, as mães dos soldados que estão no Iraque, querem abraçar os seus filhos mais uma vez e o mundo almeja por paz. Talvez Obama seja mais símbolo do que ação, mas já é grande coisa, já é uma aprendizagem para um povo que aprende a ser egoísta (uns chamam de patriotismo) desde criança.O presidente é exemplo de conquista, a prova viva de que a raça não define a moral e a dignidade de um homem, muito menos sua capacidade. É uma imagem de fé para a África, para o Oriente Médio, para os países de primeiro mundo… Hoje, o planeta abraça Barack Hussein Obama, e se esse espírito construtivo de mudança não alcançar seus objetivos em quatro ou oito anos, que seus ideais não morram nunca e que o povo lute para por fim ao seu “plano”.